segunda-feira, 9 de novembro de 2015

Empresas buscam alternativas para lidar com a crise hídrica


Várias empresas estão adotando hábitos sustentáveis e agindo

Thalita Rodrigues

Adilson Mendes, São Paulo 09/11/2015 

A crise hídrica e os efeitos do clima se tornaram cada vez mais influentes nas estratégias empresarias, atualmente é impossível ter uma empresa e não considerar estes aspectos dentro do planejamento.

De acordo com dados do Ministério do Meio Ambiente, cresce o número das empresas que praticam ações sustentáveis. Roberta Valença, CEO da Arator, mostra como o profissional contribui para esse cenário. “Conscientizando o colaborador percebe o importante papel social que representa, e pode inclusive disseminar o conhecimento adquirido no ambiente corporativo na comunidade em que vive engajando amigos e parentes à importância da sustentabilidade. Além das inúmeras vantagens, um profissional consciente e disposto a implantar práticas sustentáveis na companhia ajuda ainda no aumento da margem de lucro, com a diminuição de gastos (como água e energia, por exemplo)”.

Para as corporações a valorização da marca com e engajamento socioambiental e a preocupação com o futuro do planeta é de extrema importância.

“O colaborador que prática o consumo consciente junto com a empresa economiza gastos, contribui com o planeta e ainda garante o emprego, pois diversos empresários não sabem o que fazer com os funcionários nesse período em que a produção para por conta do corte d’água”, afirma Jean Cunha, Coordenador de Gestão da Qualidade e Meio Ambiente da Santa Brígida.

Segundo Paulo Skaf, presidente da FIESP (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), o setor industrial e produtivo da região metropolitana de São Paulo e da cidade de Campinas, são responsáveis por mais de 50% do PIB (Produto Interno Bruto) industrial do Estado, com mais de 40 mil empresas já foram afetadas pela situação.


A relação entre custos e volume de água ofertado será cada vez menos linear e a questão de eficiência hídrica será fundamental nos negócios.  Além disso, esta problemática gera outra extensão, não menos importante que é o impacto na geração da energia, atualmente advinda das hidrelétricas. A possibilidade de enfrentar novamente um racionamento de energia preocupa empresas e setores que sentem os impactos dessa escassez. 

O cenário econômico também foi afetado pela crise de falta d’agua, o que já não anima, pois de acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI) para este ano teremos o crescimento pífio de 0,3% no PIB.

As ações sustentáveis estão ai para ajudar as pessoas e empresas a passarem por esse momento, além de ter visão de longo prazo no seu dia-a-dia.  Não somos os primeiros a passar por isso no mundo, temos vários exemplos como o da Austrália e Inglaterra que investiram em dessalinização de água do mar, ou até mesmo exemplos mais próximos de nós, do Sudeste, com características semelhantes como o da Califórnia, nos Estados Unidos, onde investiram em melhores e sofisticados tratamentos de água do esgoto para novo consumo. Medidas de solução existem, mas todas levam tempo para realizar e ser concebida de fato pela sociedade como um todo. 


Veja o vídeo abaixo:


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